segunda-feira, 31 de maio de 2010

24h (Papo de Boteco)

Nesse mundo globalizado e on line quase tudo é vinte e quatro horas: postos de gasolina, supermercados, farmácias e até os shoppings durante o Natal, pois bem, quase tudo, os bares não. Tudo bem, não digo vinte e quatro, mas pelos menos doze horas. Por que valorizar apenas os insones, consumistas e hipocondríacos? E os boêmios, onde é que ficam nisso? É a vida moderna, todos em busca de uma válvula de escape: uns comprimidos, outros álcool.
Ok. Boêmia sim, alcoólatra não! Sim, eu sou a favor dos bares abertos até seis da matina. Sim, eu adoro uma cervejinha nos fins de semana. Sim, eu preciso dar uma folga para a cachola, ver gente bonita, interessante e que definitivamente não tenham nada a ver com o meu cotidiano de publicitária neurótica. Preciso de um B – A – R.
Eu integro o time dos que gostam de esticar a noite até o primeiro raio de sol, beber do copo do prazer por mais tempo, apreciar, degustar tudo... Por que não?! Já parou para pensar como é difícil encontrar os amigos num bar legal, tomar uma cerveja altamente gelada, conversar sobre coisas interessantes, engraçadas e etc e no melhor do papo, no melhor do tira-gosto, mais ou menos às duas horas da manhã ter que ir embora? ‘Ué já acabou o nosso tempo?’ Você pensa. É difícil, é muito difícil. Não dá!
Passei por isso recentemente e não tinha percebido a dificuldade até eu sair de casa depois da meia noite (o habitual era sair às 22h). Paramos no Ventura, mesa ok, cerveja ok, papo vai papo vem e às 02h, adeus! Depois disso foi uma peregrinação pela Doca: Dom Bar lotado e morrendo já, Zero 21, mesa ok, cerveja ok, mas vinte minutos depois “fora!” disse o garçom, mal deu tempo de usar o WC (esse foi recorde!), alguns passos à frente e encontramos o Old School-não-sei-mais-o-quê-Bar (eita nome grande!), este sim estava abertíssimo, mas só servia Long Neck para os desprovidos de mesa, e mesa lá é uma coisa difícil, dada a já famosa moda Barística do Paraense (pinta um Bar novo e pronto ninguém arreda o pé de lá!) e enfim, nos contentamos com o balcão mesmo, tomamos nossa cerveja até sermos expulsos de novo, já conformados, às cinco da matina. ‘Foi quase lá dessa vez!’ pensei.
Então, se você é boêmio ou se identifica com a situação, da próxima, saia mais cedo de casa!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Marilyn X Estagiária





Nos meus 6 anos de formada em Publicidade & Propaganda eu já trabalhei em vários lugares, dos mais variados setores, mas meu primeiro trabalho foi como redatora estagiária numa agência de esquerda daqui e eu era tão disposta, tão àvida por conhecimento, ou seja, estava começando, ainda no meu terceiro semestre de faculdade e desesperada por prática e consegui essa vaga e andava sonhando alto, com minhas ambições todas em seus lugar, mal sabia eu, que ainda havia tanta coisa a viver, permanecer em mim para que só então eu decidisse ficar, encontrar realmente o que eu queria.
Mas eu me orgulho em olhar para trás, nessa vivência de estágio e perceber que apesar das dúvidas, das inseguranças, das ambições eu nunca disse 'não' aos meus superiores, nunca perdi a humildade em pedir uma explicação, um ensinamento, um desejo e nunca, mas nunca pisei em ninguém para conseguir o que queria, infelizmente não posso dizer isso dos atuais profissionais que as faculdades, às pencas atualmente, teem despejado no mercado como máquinas desesperadas por reconhecimento, e pude topar com uma dessas aqui, nesta agência de trinta e tantos anos, uma pessoa de narizinho em pé, saltos agulha, um quilo de pó e a arrogância em riste.
A última foi a do meu diretor promover um embate entre ela e eu, me colocar numa situação em que eu realmente deveria passar por cima dela para conseguir a aprovação do cliente para com a minha campanha e isso já não foi legal, e além de tudo, tombrar com ela pelos corredores e percebê-la completamente extasiada com a possibilidade de passar por cima de mim. Isso me deu uma raiva que fui além, me armei com todas as minhas euforias no trabalho, e me lancei no confronto com a minha armadura coberta de experiência e combinada com o nível de criatividade que o cliente (uma faculdade) tem a capacidade de aceitar, o que não é lá muita coisa, e o resultado taí (vou colocar em seguida para vocês verem).
Foi um dia inteiro de apresentações e adivinhem só: E não é que a faculdade decidiu permanecer com a campanha de vestibular do ano passado? É a pura verdade. Nem eu nem ela, apenas o passado. Uma lição e tanto para que cada uma se coloque no seu devido lugar e que eu aprenda de uma vez por todas que esse cliente não tem jeito mesmo!
huahauhauahuha

terça-feira, 4 de maio de 2010

Taí


Tudo bem. Você pediu e eu vim, mas vou logo avisando que vim como a “força luminosa que ao mesmo tempo cega e dá uma nova visão”¹.
Não te direi o que penso com sutileza, isso é para amigas nervosas. Não. Te direi tudo na cara sem paliativos porque isso é o que eu sou: o contrário de você!
Então tá. Serei direta.
Não tá satisfeita com o trabalho? Sai fora!
Rasga de uma vez essas fotos que guardas do passado com tanto carinho.
Senta na frente daquele teu computador... Como é mesmo que chamas? Notebook burguês é isso, e escreve e escreve e pensa até sair alguma coisa que valha a pena ler, mas faz alguma coisa, escreve um livro e pelo amor de Deus apenas seja quem você quiser tá!
Sem mais no momento.

Bjunda.

Marilyn.