quinta-feira, 17 de junho de 2010

Escolho Me Encontrar


Me perdi por 265 dias, mas voltei mais atenta do que nunca.
De repente me vi como a mulherzinha que eu não sou.
E-S-C-O-V-A D-E D-E-N-T-E dez vezes pra acabar com a ansiedade.
Peguei uma carona a tempo e retomei meu caminho e eis que me encontro totalmente exausta de andanças, estou de volta, mais disposta a tirar os pés do chão.
Agora o que é ser tudo isso, ser parte integrante deste todo – universo ao qual pertenço na minha cidade de mangas voadoras? É ser caracteristicamente e por sobrevivência um tanto boêmia e sonhadora. E como eu sonho: banho de mar, cheiro de ilha, morango com coca cola, aquele olhar fixo, cigarro na mão, ideia na cabeça, palavra no dedilhado da tecla do Notebook menos burguês que existe, a areia grossa do rio, a gélida água do Sana, pessoas sempre... Tanta coisa mundana e complexa.
Ando à La Marilyn.
Não sou mais aquela que tinha tanto medo de perder, de fracassar.
E hoje, de volta sou outra. Na noite furtiva vou ao Carmo montada, viro todas madrugada a dentro e de manhãzinha volto alta de salto oito pra casa contente. Ressaca? Sim, é claro, mas com todas as coisas no lugar, todas as lembranças.
Essas coisas de fim de semana, de muitos amigos, de escolhas, de opções várias, de tantas observações se devo ligar agora ou depois, ou não ligar, de insistir ou desistir, ou nem isso, se jogo agora ou digo: vem me pegar, enfim, a vida noturna, a vida que sempre tem os seus cinco minutos de surpresa, nunca pensei que fosse fácil, mas estou aqui livre sendo eu de novo.

Um comentário:

Felipe Fonseca disse...

Gosto de te ver descrevendo momentos, sensações, sentimentos pessoais sob a perspectiva de uma pessoa que está ao mesmo tempo fora e dentro de ti. Beijos.