quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

"Boas Festas" por Marilyn


Nossa nós já estamos no fim do ano de novo, e adivinha só, pela primeira vez vou estar solteira, pelo menos é o que tudo indica, a não ser que na estrada ou na travessia para Ilha eu tope com o cara mais sensacional, engraçado, interessante e charmoso, e a gente se curta, e a gente se queira mutuamente... Bom, mas isso é só uma viagem que se acontecer (não custa imaginar que sim!) eu conto pra vocês depois.

A questão é que desde os dezesseis anos eu sempre estava namorando, foram muitos fins de ano apaixonada, dedicando amor a alguém e o manifestando em presentes caros, em cartões melosos, essas coisas (eu fico muito sensível nesta época!).

Do “Boas Festas” para mim só o Réveillon é especial, o Natal é meio controverso porque minha família é do contra, comemoramos no dia 25, isso mesmo, no feriado, enquanto a maioria está de ressaca da noite anterior porque comeu ou bebeu demais, a festa, na casa da minha tiavó está a toda, cercada de parentes e amigos. Tem seu charme porque tudo na casa inspira elegância, excentricidade e cultura, é como respirar um ar mais doce e viajar ao passado de menina, mas pensando nas convenções da sociedade que o Natal é dia 24, me sinto só e não tenho a fuga habitual da casa do namorado, não este ano.

Enfim, já chega dessa baboseira sentimental, o que me impressiona é a transformação da vida, ano passado eu tinha um namorado e companhia para a noite do dia 24, assim como a do Ano Novo, estava amando e era recíproco, virando e revirando noites sob as estrelas da minha Ilha Maravilha, completamente envolvida pela aura majestosa de Iemanjá, com meus amados amigos, tudo no seu lugar, e agora eu tenho única e exclusivamente a mim, tudo bem que os amigos estarão lá, mas deixou de ser tão importante estar com alguém nesta época, e isso me assusta.

Espanta-me essa serenidade. Sem ansiedade, cigarros, necessidade de flerte, telefonema ou carência. Se isso é plenitude acho que eu extrapolei a meta. Não pareço a Marilyn que se descabelaria agorinha mesmo e estou com medo que essa completude faça com que eu veja só espaços vazios nas pessoas, e em contrapartida elas não me percebam de tão egocêntrica que eu possa parecer, porque quem não quer beijar na boca, olhar nos olhos de alguém especial, mesmo que por uma noite, e sentir alguma coisa beliscar o estômago? Eu quero e você?

Bjs Hollywoodianos de Natal e Ano Novo pra todos.

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