sexta-feira, 16 de julho de 2010

Amor por Marilyn


Se para mim o amor tivesse um nome próprio, este seria Zeca por causa daquele olhar de primeira vez misturado com “deixa acontecer naturalmente” que rolou naquele Réveillon, naquela Ilha Maravilha que chamo de minha. Zeca por toda a sua espontaneidade, sua molecagem e por aquele sorriso iluminado, estilo Colgate.
Sim seria Zeca este amor próprio, não poderia ser Mário porque foi o primeiro e quem seria louca de amar apenas um? Não poderia ser James, de artista já basto eu. Joca não, porque ele sempre quis demais de mim e eu sou à prestação. Ivan, gordinho safado! Não. Não pela traição, mas pela ilusão. Não para Marco por que ele tinha alguma coisa que não se controla e a ditadora aqui sou eu! E muitos outros nãos porque flertes de passagem apesar de ótimos servem apenas para adquirir experiência e para dar fim à carência.
Mas o amor para mim é adjetivo – inatingível, inalcançável como Jorge¹ e por fim abstrato: não sinto seu cheiro, não posso vê-lo, nem tocá-lo e até senti-lo anda difícil esses tempos, e mesmo que ele seja o sujeito do meu querer, existem parênteses e aspas que preciso considerar.


“A coisa mais fina do mundo é o sentimento” (Adélia Prado).

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